As ferramentas falsas de correção são usadas como acessórios de moda na Tailândia, China e Indonésia. A intenção dos jovens é mostrar poder aquisitivo, pois, lá, os aparelhos são considerados um símbolo de status.
A moda parece ter começado há, pelo menos, quatro anos. Mas, hoje, ela faz grande sucesso. O popstar indonésio Andika Kangen, recentemente, passou a usar aparelhos falsos coloridos, assim como a cantora Earn the Star.
O problema é que usar o objeto fake pode causar graves problemas de saúde. A invenção fashion já foi relacionada a duas mortes na Tailândia, o que levou o governo do país a proibir o uso do acessório. Segundo as autoridades locais, alguns dos aparelhos ilegais que foram apreendidos continham chumbo, um metal perigoso para a saúde que pode causar envenenamento. Há ainda outros riscos:
“Algumas pessoas colocam o assessório em si mesmos, o que é perigoso, porque as peças podem se soltar e cair na garganta”, disse o secretário-geral do Conselho de Defesa do Consumidor da Tailândia à rede CBS, em 2009. “Os aparelhos falsos, que são colados sobre os dentes, também podem causar lesões nas gengivas e no interior da boca”.
Uma menina de 17 anos, da cidade de Khon Kaen, no nordeste da Tailândia, teve uma infecção na tireoide por conta de um encaixe mal feito, o que levou à uma insuficiência cardíaca fatal. Outra garota, de 14 anos, de Chonburi, morreu depois de usar aparelhos que comprou em uma barraca ilegal por um longo período.
Apesar do aviso, muitos tutoriais que ensinam como utilizar os aparelhos falsos continuam pipocando no YouTube. A moda também é assunto em blogs, e sites como o Braces Faces e o Analicious, da Malásia, ainda vendem a engenhoca. Os aparelhos, conhecidos como “behel” na Indonésia, podem ser comprados on-line ou em mercados de rua e aplicados nos usuários em salões de beleza.
Os adolescentes têm pagado em torno de R$ 200 por aparelhos falsos do mercado negro, que ainda vêm com diversas estampas diferentes, incluindo desenhos da Hello Kitty e do Mickey — os verdadeiros custam, em média, R$ 2.400 na Tailândia.
Qualquer pessoa flagrada vendendo o item fashion pode enfrentar uma pena de seis meses de prisão e ter que pagar uma multa de mais de R$ 2.000. Quem for pego importando os aparelhos pode pega até 12 meses de prisão.
Fonte de pesquisa: O Globo Cultura Magazine
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